quinta-feira, 24 de abril de 2014

O Livre Arbítrio dos Seres Humanos.













Um aspecto importante do Islão é o de que todos os seres
humanos possuem livre arbítrio para escolherem entre o
bem e o mal. Deus, o Concessor, honrou a Humanidade
com esta grandiosa oferenda. Contudo, esta acarreta
igualmente uma grande responsabilidade e, no Dia do
Juízo Final, seremos responsabilizados pelo uso que dela
fizemos.
O livre arbítrio humano não contradiz, seja de que modo
for, o facto de que Deus, a Testemunha, sabe de tudo o
que acontece na criação. Uma pessoa pode dizer: “Se
Deus sabe que vou pecar amanhã, então, é inevitável
que eu o faça, visto o conhecimento de Deus ser
infalível e, o que Deus sabe, acabará por acontecer”.
O conhecimento de Deus da decisão desta pessoa não
significa que ela seja obrigada a tornar real o que pensou
fazer.
Do mesmo modo, o livre arbítrio humano não contraria a
absoluta soberania de Deus sobre tudo o que existe na
criação. E nem contradiz o facto de que, na criação, nada
acontece, senão o que Deus deseja. Uma pessoa pode
dizer: “Assim sendo, eu não possuo livre arbítrio algum.
O meu livre arbítrio não é, senão uma ilusão”. Pelo
contrário, Deus criou em nós a capacidade de
formularmos intenções. Deus quer que consigamos fazer
as nossas próprias escolhas. Quando uma pessoa faz uma
escolha, Deus, por intermédio da Sua divina vontade,
cria as acções e as circunstâncias que permitem a
concretização da intenção da pessoa. É da vontade de
Deus que os seres humanos possuam livre arbítrio. Nem
sempre Deus se sente agradado com as decisões tomadas
pelos seres humanos, mas Ele quer que lhes seja possível
tomar estas decisões por sua livre escolha. Um exemplo
disto, é o facto de uma pessoa decidir praticar uma boa
acção. Esta boa acção pode nunca ser levada a cabo, mas
Deus pode recompensar a pessoa pela intenção que teve
de a praticar. Caso a boa acção venha a suceder, foi
porque Deus assim o permitiu, e Deus recompensará
tanto a intenção, como a acção. Por outras palavras,
Deus, o Julgador, pode recompensar‐nos pelas boas
acções que tenhamos pretendido concretizar, embora o
não tenhamos feito; contudo, Ele não castigará as pessoas
pelas suas más intenções, desde que não concretizadas.